Sumário:
O que é um token não fungível (NFT)?
NFT = Exclusividade + tecnologia + mercado
O que é um token não fungível?
NFT é a nova sensação do momento. Para nunca mais esquecer, NFT significa “non-fungible token”, ou seja, token não fungível.
Se dissermos que uma coisa é não fungível – em simples termos – significa que aquela coisa não pode ser substituída, nem trocada, porque tem propriedades ou características exclusivas.
Um exemplo para ficar mais fácil: uma nota de 10 reais, pode ser trocada por outra nota de 10 reais sem prejuízo para nenhuma das partes porque o dinheiro é bem fungível: bem que pode ser substituído por outro de mesma espécie, qualidade e quantidade, de acordo com o artigo 85 Código Civil.
Por outro lado, imaginem uma nota de 10 reais com a assinatura de uma celebridade que já faleceu, este detalhe torna a nota única e torna a cédula não fungível.
Entender a fungibilidade das coisas é fundamental para entender a lógica por trás de um token não fungível, a NFT.
Significado de NFT
Sabendo então que um token não fungível consegue tornar qualquer item único, podemos dizer que:
NFTs são conjuntos de dados (representados por um token, ou sequência numérica) que contém informações de valor dentro deles.
Lucas Cortizo
Essa relação entre dados e valores – realizada pela NFT – é possível por causa de uma tecnologia chamada blockchain. Blockchain, em resumo apertado, é uma base de dados descentralizada que ficou famosa por servir de fundamento para as famosas criptomoedas, como a Bitcoin e também a Ethereum. Esta última que tem sido a rede utilizada para registrar a maioria das NFTs.
Como funciona a NFT?
Ai imaginemos um quadro, que apenas existe de forma virtual. Se forem atribuídos tokens não fungíveis para essa obra de arte, as leis da oferta e da procura do mercado é que vão definir se aquela NFT tem algum valor, e qual seria esse valor.
Tendo algum valor, essas NFTs vão ser lançadas no mercado, podendo ser compradas e vendidas. Tudo isso é operacionado pela Ethereum, que registra cada transação através dos contratos inteligentes, ou smart contracts.
NFT = Exclusividade + tecnologia + mercado
Em resumo, vimos que a NFT consegue relacionar, usando a tecnologia blockchain, uma sequência única de dados a um produto digital ou não. E a depender do mercado, este token único (não fungível) pode apresentar uma escassez e consequentemente gerar um valor primário. Por apresentar um valor de mercado, a NFT tem sido livremente transacionada, trocada, vendida, etc.
Desde produtores de conteúdo digital, artistas, desenvolvedores de websites, jogos e memes, enfim… de tudo que você possa imaginar. Para tudo podemos atribuir NFTs e a partir dessa “assinatura digital” tornar itens – que poderiam ser comuns – em únicos.
Alguns casos de sucesso:
- US$ 69 milhões (R$ 382 milhões) por imagens do artista Beeple;
- US$ 2 milhões (R$ 11 milhões) por edições especiais do novo álbum da banda Kings of Leon;
- US$ 208 mil (R$ 1,1 milhão) por um vídeo de uma jogada de LeBron James.
Este texto foi inspirado na conversa que aconteceu neste vídeo do Direito Digital Cast:
Quer aprender tudo sobre Direito Digital e Tecnologia? Se inscreve no canal do Youtube porque temos muito conteúdo esperando por você: Direito Digital Cast no Youtube!
Bom dia. Conheço um pouco de NFT’s , inclusive negocio Bitcoins há mais de 5 anos.
Sua explicação sobre o assunto é fantástica. Impossível não entender o que são NFT’s.