Patricia Peck – Desafios do Direito Digital

Patrícia Peck e Raphael Souza Advogados Direito Digital
fotografia dos advogados Patrícia Peck e Raphael Souza

O DDcast teve a honra de entrevistar uma unanimidade: Patricia Peck, sem dúvidas, uma sumidade quando falamos em Direito Digital. Nosso ddcaster Raphael Souza foi a um evento de inovação e entrevistou esse grande nome.

Patricia Peck é considerada por muitos uma referência no Brasil e nos contou sobre a democracia digital, seu primeiro caso na área e a missão de atuar como evangelista do Direito Digital (link da entrevista aqui!)

Olha, com mais de 20 anos de carreira na área, seu primeiro caso de Direito Digital foi de online banking, na época em que a internet ainda era discada, acredita?

A vida do advogado que atua no Direito Digital para Patricia Peck

Segundo Patricia,

É uma vida que tem que estudar o tempo todo, porque você tá sempre com novidades na área tecnológica, então demanda bastante uma atualização frequente e se você for olhar nas rotinas do direito natural, você depois que adota o modelo, uma metodologia, uma prática; você vai tendo casos parecidos

Patricia Peck

Ora, faz todo sentido a fala da Dra. Peck, afinal os casos vão ficando repetitivos na atuação da advocacia em geral.

Ocorre que os ciclos de inovação podem ser longos, mas acaba que nesta área os modelos criados, como bem falado pela entrevistada, duram apenas alguns meses, muitas vezes não dura nem um ano. Isso se deve logicamente à rapidez das relações, mas sobretudo por conta da tecnologia.

Para dar um exemplo, até a própria Patricia Peck precisa fazer tais ciclos mais curtos para se atualizar perante o Direito Digital.

Ela foi a convite do Governo Norte-americano a representar o Brasil dentre 28 países, para participar de debates sobre os impactos da entrada da tecnologia 5G, os desdobramentos da cibersegurança e como as tendências de regulamentação da Inteligência Artificial têm evoluído.

Até o desenvolvimento de negócios com a gigante chinesa, já tratada em outros artigos deste blog (texto “O Segredo da china: Inclusão digital“), foram pauta do encontro.

Ciclos de reciclagem profissional

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Diante desse novo modelo, Dra. Peck recomenda ciclos de reciclagem a cada ano. O escopo desse processo será gerar conhecimento sobre novas tecnologias, mas sobretudo exigir pensamento jurídico. Apenas no diálogo entre esses dois mundos que pode se falar em adequação.

Por isso que a adequação vai ser uma forma de viabilizar a inovação.

A importância de ser acessível

A Dra. Patricia Peck nesta primeira parte ainda comentou a importância de haver uma relação positiva com as marcas de balcão, as empresas que fazem um contato direto com o cliente. O que é perfeitamente entendível a partir do momento em que as relações empresariais e comerciais estão cada vez mais complexas.

Se a responsabilidade (ou falta de clareza pelas regras da mesma sobre determinado caso concreto) é uma barreira para a segurança das relações, o sentimento de bom convívio entre marca cliente é um caminho a ser seguido, e talvez seja essa uma das funções do advogado que resolve atuar na nebulosa áre a do direito digital.

Se houver alguma atividade não autorizada, ou espécie de violação, o advogado precisa ser rápido para trazer a empresa de frente ao caso, independente de quem seja posteriormente a responsabilidade.

O importante é saber flutuar e tentar entender as relações empresariais para trazer os polos corretos para eventual responsabilização, ou por outro lado, afastar quando não houver responsabilidade.

Dra. Patricia Peck, existe dresscode no Direito Digital?

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Uma curiosidade levantada por Raphael Souza na entrevista é sobre o dresscode “ideal” para um advogado que resolve se lançar nessa área de direito digital e tecnologia.

Afinal, é evidente a interação com informáticos e empreendedores, que normalmente usam roupa menos formais que advogados, mas será que pega mal uma roupa mais despojada?

Dra. Patricia Peck deu uma resposta sensacional, falando que sobretudo importa muito mais a transmissão de confiança e segurança.

Ela reconhece que as empresas mais modernas já apresentam uma forma de se vestir mais distinta, e entende a modernidade do Direito Digital, mas ela usa uma frase que realmente acaba por separar o joio do trigo:

Existe uma diferença entre ser jovem e ser junior

Patricia Peck

Ela não vê problemas em o advogado ser jovem, e apesar de saber muito sobre o assunto, a primeira impressão é que talvez não seja suficiente.

Por isso, recomendou bastante saber demonstrar sua capacidade e profundidade no assunto, conhecimento é o melhor cartão de visitas.

Tanto é que Patricia Peck fazia isso ao chegar numa sala de reunião, ainda nos seus 20 e poucos anos, entregava um livro ao invés de cartão de visitas.

Primeiras lições

Não é demais dizer que Direito digital é uma área super nova, você pode ser jovem ou não para atuar, isto não é requisito.

Dra. Patricia foi clara, como referência da área, sugere que a segurança será passada por conhecimento e profundidade do especialista no momento de atuação e sobretudo na tomada de decisões.

Velhas crenças e preocupações com velhas noções da advocacia possuem importância diminuta, a exemplo de quanto mais formal melhor. Conteúdo é o que realmente interessas!

Quer mais? Então ouça a íntegra do Podcast #15 Entrevista com Patricia Peck- Direito Digital e “morte ao carimbo”!

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